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Na semana passada, Televisa e Univision fizeram uma aliança para se conformar com a maior empresa criadora de conteúdo em habla hispana a nível global

A proposta para criar uma nova Lei de Cinematografia, do senador de Morena Ricardo Monreal, tenderá como seu prefeito beneficiário da Televisa, especialmente devido à fusão de sua área de conteúdo com a Univision, coincidiram com especialistas.

“Esta ley va a beneficiar os únicos que produzem uma cantidad masiva de contenidos, não necessariamente de qualidade nem de autor, mas sim nacionales”, refirió Ariana Labardini, ex comissionada do IFT.

Durante o conversatório As cotas de conteúdo: uma medida para a escolha do consumidor, organizado pelo Consumer Choice Center (CCC), registrou que a proposta exige que cinemas e plataformas digitais de streaming ofereçam 15 por cento de conteúdo nacional em sua programação, e subrayó que as únicas empresas têm capacidade de produzir tal oferta em grandes.

Na semana passada, Televisa e Univision fizeram uma aliança para se conformar com a maior empresa criadora de conteúdo em habla hispana a nível global, o que inclui uma plataforma de streaming com um mercado potencial de 600 milhões de assinantes.

“Crearán una gigantísima plataforma de contenidos en español como para que el Estado mexicano, según nos lo dicen, tan anti neoliberal, tan anti iniciativa privada, le regale esta protección enorme justo a las dos o tres empresas que no la necesitan”, disse Labardini .

Respeitosamente, Irene Levy, presidente do Observatorio de Telecomunicaciones de México (Observatel), disse que esta ley, de aprobarse, obrigaria a plataformas como Netflix ou Amazon Prime a adquirir a produção enlatada da Televisa, porque a cota de conteúdo nacional é muito alta e o prazo de cumprimento de apenas 120 dias quando entre em vigor.

“São quatro meses e não há maneira de incentivar um mercado de produção nacional neste tempo, o que incentiva a adquirir conteúdo e o que mais tem é a Televisa”, apontou.

Os especialistas coincidem em que a maior parte dos sucessos produzidos no México nos últimos cinco anos, cerca de 81 por cento, filho de Videocine, empresa filial da Televisa.

“El gran ganador desta iniciativa tiene nombre y apellido, y es Televisa”, indicou Levy.

Manuel Molano, economista chefe do Instituto Mexicano para la Competitividad (Imco), comentou que esta cota é muito próxima a um arancel, o que poderia trazer problemas à larga para o México com seus sócios comerciais.

Subrayó que só no marco do T-MEC poderia traer daños com os sócios comerciais pelo tema de competência adicional de que, disse, esta proposta não vai contribuir para elevar a qualidade das produções.

“Veo un riesgo inminente en México con esta ley. Se parece a un arancel y esas cuotas no van a assegurar la diversidad (…) En materia comercial la iniciativa obriga a las plataformas a comprar cosas que não están tan demandadas”, añadió.

Por fim, Fernando de Fuentes, presidente da Cámara Nacional de la Industria Cinematográfica (Canacine), subrayó que se for aprovada uma cota de conteúdo nacional deve vir acompanhada de incentivos para a produção no país.

“Me parece que há muito interesse criado pelos grandes agentes preponderantes da indústria (…) Temos que promover primeiro a produção nacional para depois de hablar de cotas nacionais”, indicou.

Publicado originalmente aqui.

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