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por Julio Clavijo

Las enfermedades no esperan, mas los gobiernos parecen no entenderlo. No Peru e no Reino Unido, o acesso a medicamentos e a aprovação de novas alternativas se mantém como um dos principais problemas do setor de saúde.

Cada ano, no Reino Unido, a agência reguladora de medicamentos e produtos de saúde (MHRA por sus siglas en ingles), aprueba docecenas de medicamentos para su uso a nível nacional. Isso inclui os novos medicamentos patenteados e os genéricos de baixo custo.

Sem embargo, luego de Brexit, la MHRA terá mais trabalho neste processo debido a que a agência europeia de medicamentos (EMA) dejará de fazer parte dos passos de aprovação de medicamentos inovadores para o Reino Unido.

Da mesma forma, no Peru, os obstáculos e custos relacionados à formalidade de acesso ao mercado de medicamentos são extremamente elevados, com uma tramitologia excessiva e um sistema desatualizado e turbio que deixa os pacientes na escuridão em alternativas de maneira oportuna para seu saúde. Na atualidade, calcula-se que US$200 milhões de medicamentos informais se mudem no Peru de acordo com um estúdio encargado por el ComexPerú.

Além disso, alrededor do 55% de los medicamentos adulterados são vendidos em estabelecimentos farmacêuticos devido à falta de acesso a informações e trazabilidad em los processos, de acuerdo a lo reportado por la Dirección General de Medicamentos, Insumos y Drogas (Digemid).

A falta de transparência e acesso à informação sobre os diversos medicamentos disponíveis, assim como sua origem, trazabilidade e estado de aprovação de patentes, encontra-se entre as principais causas dos problemas que vive o setor saúde, tanto no Reino Unido como em Peru.

Durante o ano de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou uma resolução que insta a los gobiernos de sus países miembros a promover a transparência em seus mercados farmacêuticos e de saúde, incluindo a solicitação de dar acesso público a maiores informações sobre os medicamentos disponíveis e em desenvolvimento. Esta resolução, procura eliminar o segredo que atualmente existe na indústria sobre sua oferta disponível e as patentes ou novos tratamentos que se encontram em estado de aprovação para o uso geral de pessoas com problemas de saúde.

A tendência internacional para a transparência e acesso público às informações via digitalização deveria ser uma oportunidade para resolver alguns desses problemas. Entre essas melhores práticas, inclui informações sobre o status dos medicamentos em suas diferentes fases de aprovação, produção e tempo para sua disponibilidade no mercado. Nesse sentido, o Canadá deve ser um excelente exemplo.

Lá regulamentação canadense de medicamentos permite o acesso oportuno à informação aos usuários e pacientes sobre suas alternativas dentro do sistema de saúde para evitar problemas de acesso e adulteração dos medicamentos disponíveis. A legislação vigente também permite que o Estado seja o principal responsável por conduzir um processo mais transparente e funcional dentro do processo de aprovação de medicamentos para consumo no mercado.

Outras melhores práticas incluem também em Cingapura, que possui um sistema aberto de informações igual ao que outros países desenvolveram. Nesse sistema, através da digitalização dos processos de aprovação de medicamentos, o Estado revisa de maneira eficiente a situação de patentes e aprovação de medicamentos anteriores à comercialização.

Este tipo de iniciativas permite que os mercados funcionem de melhor maneira, evitando a adulteração de medicamentos, reduzindo os custos de comercialização e os preços de venda ao público.

Um governo aberto e uma cultura de acesso a informações de maneira transparente com os pacientes e usuários do setor devem ser priorizados como política de Estado tanto no Peru quanto no Reino Unido. Da mesma forma, Itália e França também se encontram na lista de países que possuem uma base de dados de fácil acesso sobre a oferta, origem, disponibilidade e patentes de medicamentos em seus respectivos países.

O acesso à informação e transparência no mercado de medicamentos aceleraria o processo de aprovação de medicamentos genéricos de baixo custo, que poderiam salvar de maneira imediata uma cantidad importante de vidas. Por este motivo, torna-se indispensável que os usuários e os pacientes, tanto no Peru quanto no Reino Unido, solicitem a implementação de uma base de dados on-line de acesso público que permita conhecer em tempo real o status e a disponibilidade dos diferentes medicamentos disponíveis. Isso reforça uma cultura de prevenção e permite que pacientes, profissionais de saúde, fornecedores da indústria farmacêutica e establecimientos farmacêuticos acessem informações relevantes para evitar problemas de desabastecimento, abuso de preços ou adulteração dos medicamentos usados.

Nesse sentido, você pode encontrar exemplos como Amazon, TripAdvisor e Ocado, onde pode acessar informações detalhadas e claras sobre cada produto. Algo semelhante se poderia fazer no setor de saúde, é dizer, que o usuário pode encontrar informações confiáveis sobre medicamentos, sua disponibilidade, origem e estado do medicamento em caso de patentes de uma forma amigável e compreensível. Nesse cenário, resultaria imperativos que a administração pública traga consigo maior transparência e informação em tempo real para os pacientes e profissionais de saúde. Qualquer retrocesso em nossos sistemas de saúde se traduz em uma redução na qualidade de vida e em pleno siglo XXI conhecido como a era da informação nos merecemos algo de acordo com os tempos que vivemos.

Publicado originalmente aqui.


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