KUALA LUMPUR, 11 de junho de 2024 — O Centro de Escolha do Consumidor da Malásia (MCCC), representado por Tarmizi Anuwar, destacou preocupações significativas de saúde pública relacionadas com a possibilidade de proibição da exposição de produtos vaping. Este regulamento, embora bem-intencionado, pode inadvertidamente minar os esforços para reduzir os danos relacionados com o tabagismo e melhorar os resultados de saúde pública na Malásia.
“Ao proibir a exibição de produtos vape, o governo corre o risco de reduzir a consciência sobre alternativas menos prejudiciais aos cigarros tradicionais. A vaporização é amplamente reconhecida como uma opção mais segura em comparação com o fumo, e restringir a sua visibilidade pode impedir que os fumadores conheçam estas alternativas. Isto poderia retardar a transição vital do fumo para a vaporização, uma estratégia fundamental de redução de danos”, afirmou Tarmizi.
Ele destacou ainda que a exposição visual aos produtos de vaporização em ambientes de varejo desempenha um papel crucial no incentivo aos fumantes a considerarem a mudança. “Quando os produtos vape não são exibidos, os fumantes podem perder oportunidades de explorar e compreender essas alternativas, continuando assim com seus hábitos de fumar mais prejudiciais”, explicou.
O MCCC também teme que a proibição da exibição possa contribuir para a estigmatização da vaporização. “Equacionar a vaporização com substâncias ilegais ou altamente perigosas através de tais proibições pode desencorajar os fumantes de considerá-la uma ferramenta legítima para parar de fumar. Isto é contraproducente para os esforços de saúde pública destinados a reduzir as taxas de tabagismo”, observou Anuwar.
Ele acrescentou que os novos usuários que poderiam se beneficiar com a mudança para a vaporização podem enfrentar desafios adicionais. “Sem a capacidade de ver e comparar produtos de vaporização, os indivíduos podem ter dificuldade em iniciar a sua jornada para deixar de fumar, perdendo assim alternativas potencialmente salvadoras de vidas”, afirmou.
Além disso, Tarmizi Anuwar apontou o aumento potencial da atividade no mercado negro. “Restringir a exibição legal de produtos vape pode levar os consumidores a alternativas não regulamentadas e potencialmente perigosas. Este crescimento do mercado clandestino apresenta riscos significativos, uma vez que estes produtos podem não cumprir as normas de segurança, aumentando a probabilidade de exposição a substâncias nocivas”, alertou.
Além disso, o impacto económico no sector jurídico das lojas especializadas em vape não pode ser ignorado. “Essas empresas dependem de exibições de produtos para atrair e informar os clientes. A proibição dos displays poderia afetar negativamente as suas operações, reduzindo a sua capacidade de servir como recursos para os fumadores que procuram alternativas”, observou.
Concluindo, Tarmizi Anuwar e o Centro de Escolha do Consumidor da Malásia apelam ao governo da Malásia para reconsiderar a proibição de exibição de produtos vape. “Instamos os decisores políticos a considerarem as implicações mais amplas na saúde pública e a procurarem regulamentações equilibradas que protejam os jovens, permitindo ao mesmo tempo que os fumadores adultos tenham acesso e aprendam sobre alternativas mais seguras. A redução de danos e a escolha informada devem estar na vanguarda da nossa estratégia de saúde pública”, concluiu.