Em um movimento recente, a Comissão Europeia sugeriu aos estados membros da UE que isentassem os dispositivos médicos de diagnóstico Covid-19, bem como uma vacina em potencial, do imposto sobre valor agregado. O Centro de Escolha do Consumidor (CCC) acolheu essa medida, uma vez que incentiva uma mudança para aliviar alguns dos fardos dos pacientes e consumidores ao lidar com a pandemia. O diretor administrativo e economista da saúde do CCC, Sr. Fred Roeder, disse que a UE deveria ser mais ambiciosa em relação aos medicamentos.
“Estados membros estariam certos em implementar isenções de IVA sobre medicamentos, não apenas em tempos de crise”, comentou.
“Muitos pacientes na Europa pagam muito pelos remédios necessários porque o governo está fazendo um corte muito grande. Alguns estados membros cobram até 25% tanto por medicamentos de venda livre (OTC) quanto por medicamentos prescritos. Isso sobrecarrega os provedores de planos de saúde e os pacientes”, disse o Sr. Roeder.
“Devemos tomar o exemplo positivo de Malta, que é o único estado-membro que não cobra IVA tanto para medicamentos de venda livre como para medicamentos sujeitos a receita médica, mas ainda assim consegue fornecer serviços básicos aos cidadãos. Se queremos financiar os serviços do governo, não devemos fazê-lo à custa de pacientes que precisam de remédios.
“Experimentamos este grande duplo padrão na Europa: os políticos dos principais partidos reclamam do preço das drogas no continente, mas simultaneamente cobram grandes impostos sobre as mesmas drogas. É hora de acabar com essa incoerência”, concluiu.
Publicado originalmente aqui.