Em um tweet que ela publicou na terça-feira, a candidata presidencial democrata Sen. Elizabeth Warren criticou a nova política de anúncios do Twitter que não vai aprovar qualquer propaganda política.
O problema com a indignação do senador Warren é que ela mesma é uma defensora de quebrar as redes de mídia social como objetivo final, e restringindo entretanto a publicidade política.
Portanto, quando tais políticas são implementadas pelas redes sociais como forma de aplacar interesses políticos e garantir o bom relacionamento com os legisladores, isso não deveria ser comemorado?
Parece que Warren está chateado que a política afeta mais pessoas do que aquelas que ela pretendia.
Aqui está uma boa lição sobre a defesa de políticas e regulamentações públicas que afetam pessoas reais: elas realmente afetam, e às vezes prejudicam, pessoas reais.
Como os regulamentos são regras que impactam a todos e considerando que esses regulamentos são promovidos como parte da plataforma de um candidato, não é preciso muito para entender que grupos, instituições de caridade e organizações comuns acabarão sendo penalizados. As intenções nobres são ótimas, mas o impacto real é o que importa.
Isso é algo que nós discutido antes, e nós defendemos contra.
O Consumer Choice Center, a organização de consumidores para a qual trabalho, agora não terá permissão para fazer anúncios porque os algoritmos do Twitter consideram nosso conteúdo “publicidade política”, embora não endossemos candidatos. Discutimos ideias e defendemos ideias que promovam a escolha do consumidor.
Proibição de propaganda política, como promovido por Warren, são efetivamente uma tentativa de regular o discurso, ainda que na esfera privada. E não apenas o discurso das empresas de combustíveis fósseis ou candidatos políticos de partidos que ela deplora.
Também afeta grupos ambientalistas, grupos pró-LGBT, clubes políticos, ONGs e organizações da sociedade civil cotidianas como a nossa.
Que isso seja um aviso para aqueles que promovem a regulamentação da tecnologia que sufoca o discurso. Não será apenas o discurso que você não gosta que acabará censurado, mas todo discurso político. Isso é ruim para usuários comuns de mídia social e é ruim para organizações bem-intencionadas que estão apenas tentando espalhar uma mensagem.
Para mais, confira esta enquete do Consumer Choice Center isso mostra que 77% dos americanos acreditam que o governo não deve interferir em negócios mais novos habilitados para tecnologia sempre que possível para garantir que os consumidores tenham a maior variedade possível de serviços.