#CHEGADEBARREIRAS
O problema
Em 2011, o ex-presidente do Brasil – Lula – assinou uma lei proibindo as empresas de telecomunicações de possuírem ao mesmo tempo a produção e distribuição de conteúdo audiovisual no Brasil.
Despropositada e prejudicando a liberdade de escolha do consumidor desde o início, essa lei também não acompanhou a evolução das tecnologias de streaming e o crescimento dos mercados de distribuição de mídia digital.
A integração de telecomunicações, publicidade, operadoras de TV, gigantes da internet e todo o mundo digital é uma tendência clara e crescente em todo o mundo, mas no Brasil a sinergia desses mercados foi impedida de se aprofundar devido a regulamentações pouco claras e anti-consumidor. .
Avançando para 2019 e a regulação arcaica do mercado brasileiro de TELCO ficou ainda pior, ameaçando ter canais pertencentes à TimeWarner (pe Warner Channel) cancelados devido à sua fusão com a AT&T (que, no Brasil, controla a Sky – a PayTv Provider). O grupo FOX também foi proibido de vender seus canais, programas e outros produtos diretamente ao consumidor.
Observando desde o início a ameaça ao livre mercado e à escolha do consumidor no mercado de TV por assinatura no Brasil, o Consumer Choice Center foi chamado para atuar pelos consumidores brasileiros. Acreditávamos ser importante que os formuladores de políticas e as próprias leis se adaptassem a um novo mundo digital e implementassem estratégias e estruturas que abrissem espaço para os mercados digitais, dando mais liberdade de escolha aos consumidores.
Resposta do CCC
Em junho de 2019, o Consumer Choice Center começou a mobilizar os consumidores e a sociedade civil com a Chega de Barreiras campanha, que reuniu estratégias de mídia online e presencial.
A página de destino Chegadebarreiras.org continham informações sobre o assunto para o público em geral. Nosso documento de política “Como Preparar o Brasil para um Futuro Digital?” foi distribuído entre os formuladores de políticas em Brasília e outras partes interessadas. Postagens e vídeos nas redes sociais foram criados para mobilizar e criar empatia nos consumidores.
Mostramos com sucesso aos consumidores no Brasil que sua liberdade de escolha, em especial a liberdade de escolher o que e onde assistir o conteúdo, estava sendo ameaçada por uma lei ultrapassada que não se encaixava no modelo atual de mercado digital e distribuição de conteúdo. A campanha ressoou com milhões de pessoas.
Além de direcionar e mobilizar os consumidores, nosso Diretor-Superintendente Fred Roeder e nosso Gerente de Assuntos Brasileiros André Freo visitaram Brasília e conversaram com dezenas de parlamentares e membros da agência reguladora ANATEL discutindo sobre a importância da revogação do artigo 5º da Lei SEAC ( Serviços de Comunicação Audiovisual Condicionados à Lei de Acesso) e os benefícios para os consumidores e o mercado livre. Eles conversaram com deputados, senadores e assessores da Agência Reguladora, apresentando o relatório e as barreiras que a burocracia da lei criou para o próprio desenvolvimento da produção e comercialização de conteúdo audiovisual no Brasil.
O impacto
Devido ao trabalho da Escolha do Consumidor, a campanha Chega de Barreiras alcançou mais de 4 milhões de pessoas, com alto índice de engajamento. Nossa mensagem ressoou com os consumidores no Brasil.
Essa vitória se consolidou no início de fevereiro, quando, em votação histórica, o conselho de administração da ANATEL flexibilizou a lei e permitiu a fusão e operação da TimeWarner & AT&T no Brasil decidindo não contrariar o artigo 5º da Lei SeAC, abrindo precedente para novas decisões semelhantes sobre o assunto.
Finalmente, após 8 meses de ativismo do consumidor, o Consumer Choice Center conseguiu ser parte integrante dessa mudança, garantindo que os consumidores no Brasil continuassem a ter acesso a conteúdos audiovisuais diversificados e de qualidade e ainda abrindo espaço para o Brasil quebrar mais barreiras para um maior , mercado livre melhor e mais forte.