Recente votação Um estudo da Morning Consult mostrou que os eleitores estão atribuindo a culpa pelo aumento dos custos de energia aos data centers. Quando as contas de energia sobem, é compreensível que os eleitores busquem explicações. Na economia atual, os data centers, que alimentam inteligência artificial, serviços em nuvem, serviços de streaming e muito mais, são um alvo natural e fácil.
Jornalistas e legisladores têm alertado sobre o consumo de eletricidade, levando os consumidores a estabelecerem naturalmente uma correlação entre os dois.
No entanto, os centros de dados não são os principais responsáveis pelo aumento dos custos de energia, nem são consumidores irresponsáveis de eletricidade. Na verdade, os centros de dados estão constantemente inovando para encontrar maneiras de serem mais eficientes no uso de energia. O verdadeiro desafio não é o crescimento da demanda por energia, mas sim a falta de uma agenda política que permita aos legisladores liberar a oferta de energia para que ela cresça junto com a demanda e se sustente.
Os centros de dados representam uma pequena fração do consumo de energia em todo o país. Em 2023, os centros de dados foram responsáveis por cerca de 41 TP4T do consumo total da nação. Embora alguns projeções Mesmo que esse número chegue a 201 TP4T até 2030, ainda é uma fração em comparação com outros casos de uso industrial ou com os setores residencial e de transporte. Considerando o quanto esse uso proporciona — uma enorme capacidade de processamento e acesso imediato à informação tanto para consumidores quanto para empresas —, isso é incrivelmente eficiente.
Como a eletricidade costuma ser uma das maiores despesas operacionais dos data centers, os operadores têm fortes incentivos para minimizar o desperdício. Algumas das inovações que eles utilizam para alcançar essa minimização incluem:
- Sistemas de refrigeração avançados: O aproveitamento conjunto da refrigeração por ar externo e da refrigeração líquida reduz drasticamente o consumo de energia para o controle de temperatura.
- O software de gerenciamento de energia e de redistribuição de carga de trabalho ajusta dinamicamente as cargas do servidor para minimizar o desperdício de eletricidade.
- Hardware e chips altamente personalizados e especializados para tarefas de computação de alta densidade melhoram o desempenho.
Data centers modernos em empresas líderes como Google Elas utilizam muitas dessas táticas. Como pagam por cada quilowatt-hora que consomem, têm um forte incentivo para serem disciplinadas nesse setor. Gerenciar esse custo permite que sejam mais eficientes e lucrativas, gerando resultados para os acionistas. Esse é um incentivo pouco divulgado e subestimado.
Ao analisar o cenário nacional, percebe-se que os preços da energia são influenciados por uma série de outros fatores, como custos de combustível, gargalos na transmissão e estruturas regulatórias, e não pela demanda de energia dos data centers. De fato, como Andy Masley explicou em seu programa. Subpilha, A atividade dos centros de dados não contribuiu para alterações nos custos de eletricidade das famílias, podendo até estar associada à redução desses custos.
Além disso, embora os preços nos Estados Unidos tenham disparado 34% de 2020 a 2025, o aumento mais rápido em cinco anos na história recente, uma análise mais profunda análise Mostra que áreas com alta concentração de centros de dados apresentam uma correlação mínima com o aumento das taxas de juros residenciais.
É impossível ignorar o aumento da demanda por energia. Isso ocorre porque o mundo está se digitalizando coletiva e rapidamente. À medida que o mundo utiliza cada vez mais computação em nuvem, inteligência artificial, trabalho remoto, comércio eletrônico e serviços de streaming, toda a economia se torna mais dependente de dados. O crescimento que estamos presenciando é um reflexo de uma transformação econômica mais ampla que está acontecendo diante de nossos olhos, e não um indicador de desperdício.
Quanto mais a computação se integra aos nossos diversos setores, mais capacidade de data centers precisaremos. É importante notar que essa demanda é criada pela geração de valor real: melhores serviços, empresas mais eficientes e competitividade global. Ao suprimir artificialmente essa demanda por meio de políticas inadequadas, os legisladores estariam optando ativamente por prejudicar seus eleitores, sufocando o crescimento.
Se a demanda por energia está aumentando, a solução não é reduzir o consumo. É para construir!
O verdadeiro gargalo não é a demanda por data centers, mas sim nossa hesitação em liberar a capacidade de expandir a geração e a transmissão para atender a essa demanda.
Em muitos estados, a construção de novas usinas de geração de energia, a modernização de subestações e a construção de novas linhas de transmissão enfrentam longos atrasos na obtenção de licenças, entraves regulatórios e oposição local. Isso retarda a resposta da oferta, reduzindo a energia disponível e agravando o problema que mais preocupa os consumidores: o aumento dos preços.
Em vez de focarmos em demonizar os centros de dados, deveríamos incentivar políticas que:
- Simplificar o processo de licenciamento para centrais elétricas e infraestrutura de transmissão.
- Reduzir os entraves regulatórios em torno das melhorias e da expansão da rede elétrica.
- Incentivar o investimento privado em capacidade de geração e transmissão.
- Permitir uma expansão tecnologicamente neutra. Qualquer fonte de energia que atenda às necessidades de forma otimizada e econômica.
Permitir que a oferta se expanda em resposta ao aumento da demanda, em última análise, possibilita a estabilização dos preços, uma expansão robusta da rede elétrica e garante que a economia possa continuar sua trajetória de crescimento.
No fim das contas, os centros de dados não são os vilões da história da energia. Eles operam sob uma pressão econômica implacável para minimizar o desperdício e, ao mesmo tempo, gerar um valor imenso.
Se os EUA quiserem continuar na vanguarda da era digital, precisam fazer a sua parte para garantir que tenham a energia necessária para que essas tecnologias floresçam. É preciso construir a infraestrutura. Preparar a rede elétrica para o futuro. Permitir que a inovação contribua para impulsionar o crescimento econômico.
Enquanto alguns defensores preferem dar lições aos eleitores sobre o "consumo excessivo" de data centers, eles ignoram a questão fundamental: por que isso é um problema? Por que não temos capacidade para suportar isso? Responder a essas perguntas resolverá os principais conflitos em torno dessa questão.
James Czerniawski é chefe de política de tecnologias emergentes no Consumer Choice Center.


