REPÓRTER DA UE: O governo italiano pediu à Comissão Européia que empregasse a cláusula de salvaguarda sobre as importações de arroz do Camboja e de Mianmar para proteger os arrozeiros italianos.
O gerente de Assuntos Europeus do Centro de Escolha do Consumidor, Luca Bertoletti, criticou o pedido e disse que é hora de a União Europeia parar de promover o protecionismo.
“O raciocínio por trás das barreiras comerciais é proteger uma indústria específica – neste caso, os produtores de arroz italianos – da concorrência. O que costuma ser esquecido, porém, é que, ao colocar-se do lado do produtor, as políticas protecionistas acabam causando um grande prejuízo aos consumidores, que perdem a oportunidade de usufruir dos benefícios do livre comércio. O governo italiano está simplesmente pedindo para limitar a acessibilidade do arroz”, disse Bertoletti.
“A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é o terceiro maior parceiro comercial da UE. Em 2017, a cooperação com a ASEAN resultou na produção de mais de € 227,3 bilhões em mercadorias. Como parte desse compromisso econômico, a União Européia tem negociado ativamente com Myanmar e Camboja e, portanto, usando as importações agrícolas, em particular o arroz, para abastecer o mercado da UE.
“Antes de empregar outra medida protecionista, a Comissão Europeia deveria se perguntar se deseja garantir que os consumidores europeus possam desfrutar de uma grande oferta de arroz e, conseqüentemente, de um preço favorável ou se é a falta de vontade de um grupo de competir que importa mais”, disse. concluiu Bertoletti.
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