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Saiu o novo Índice de Resiliência Pandêmica, o que mudou desde 2021?

A pandemia de Covid-19 tomou o mundo de assalto. Os sistemas de saúde da maioria dos países mostraram-se totalmente despreparados para uma crise de saúde dessa escala. Alguns países conseguiram reagir e adaptar-se mais rapidamente do que outros. Índice de resiliência pandêmica (PRI), apresentado pelo Consumer Choice Center em 2021, classificou os países com base em sua resiliência ao Covid-19 e outras crises semelhantes. 

O PRI examinou 40 países por vários fatores: aprovação da vacinação, seu impulso e atrasos que o frearam, capacidade de leitos de cuidados intensivos e testes em massa. Israel ficou em primeiro lugar, seguido pelos Emirados Árabes Unidos, enquanto Austrália, Nova Zelândia e Ucrânia terminaram em último lugar. 

Recentemente, atualizamos o PRI. Em comparação com os resultados iniciais, a mudança no ranking se deve principalmente aos atrasos no lançamento da vacina de reforço. 

Este ano, os Emirados Árabes Unidos ocuparam o topo do ranking, seguidos de perto por Chipre. Os Emirados Árabes Unidos foram pioneiros no lançamento de reforço, tendo dado doses de reforço a cerca de 42% de sua população de 10 milhões. Infelizmente, nem todos os países reagiram rapidamente a novas variantes e à subsequente necessidade de doses adicionais. Países como Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Ucrânia levaram cinco meses a mais do que os Emirados Árabes Unidos – o primeiro país a iniciar o programa – para colocar o reforço em funcionamento. 

A Ucrânia e a Índia são os únicos países que não lançaram o programa de reforço até 30 de novembro de 2021 (o PRI 2022 usa 30 de novembro de 2021 como data limite). Segundo o primeiro vice-ministro da saúde ucraniano, eles queriam atingir a meta de ter pelo menos 50% da população totalmente vacinado, antes de permitir a administração da dose de reforço, meta que ainda não foi alcançada. No momento, os dois países reconheceram a necessidade de doses de reforço e as lançaram no início deste ano. 

Israel, primeiro colocado no PRI 2021, foi rebaixado para o 5º lugar, principalmente devido ao atraso no lançamento da vacina, que começou 75 dias depois dos Emirados Árabes Unidos. Os Emirados Árabes Unidos começaram a administrar doses de reforço a seus residentes em maio de 2021, enquanto, em média, outros países ficaram 3 meses atrás. 

Chipre alcançou o segundo lugar principalmente devido às suas altas taxas de teste. A média diária de teste de covid per capita 128 vezes maior do que no Brasil, por exemplo.

A Grécia teve a variação percentual mais significativa em termos de testes diários. A maioria dos países registou um aumento nesta vertente, exceto o Luxemburgo e a Suécia, onde a variação foi negativa. A Ucrânia, com o segundo menor número de testes diários de covid, continua na última posição. 

Quando se trata de taxas de vacinação, o Brasil teve a melhora mais impressionante nos números de vacinação desde que o Índice de Resiliência à Pandemia 2021 foi publicado. O número de vacinados no Brasil aumentou de 2,4% para 63% até o final de novembro de 2021.

A disponibilidade de doses de reforço é especialmente importante, pois não apenas fornece melhor proteção, mas cada vez mais países estão colocando datas de validade nas vacinas. Por exemplo, para visitar a França, se já se passaram mais de nove meses desde a última injeção de vacina, você deve primeiro receber uma injeção de reforço. Apesar dos atrasos, todos os países estudados (exceto Ucrânia e Índia) já começaram a oferecer doses de reforço para sua população antes do surgimento da nova variante Omicron. 

Apesar do choque inicial de um ano que todos experimentaram, com restrições sendo suspensas, cancelamento de passaportes de vacinas em alguns países e reabertura de fronteiras, parece que finalmente estamos voltando à vida cotidiana. Embora esperemos que nunca mais tenhamos que lidar com uma pandemia desse tamanho, os países em todo o mundo devem aprender uma lição com essa experiência horrível e ter seus sistemas de saúde mais bem preparados para quaisquer ameaças futuras. 

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